Principais causas
Existem vários fatores que favorecem o desenvolvimento do câncer. Podemos citar como principais : predisposição genética (casos na família), hábitos alimentares, estilo de vida e condições ambientais. Todos estes fatores aumentam o risco de uma pessoa desenvolver a doença.
Câncer nos pulmões, na boca e na laringe são as principais doenças causadas pelo cigarro. Bebida alcoólica em excesso pode provocar, com o tempo, o aparecimento de câncer na boca. Sol em excesso pode afetar as células e cresce o risco do desenvolvimento desta doença na pele. O câncer de mama tem origens nos distúrbios hormonais e é mais comum nas mulheres. A leucemia (câncer no sangue) é desencadeado pela exposição à radiações.
Determinadas infecções podem desencadear o surgimento de tumores no estômago e no fígado. A vida estressante, a alimentação inadequada (rica em gorduras, conservantes e pobre em fibras) também estão relacionados a alguns tipos de câncer.
Fatores de risco de natureza ambiental
Os fatores de risco de câncer podem ser encontrados no meio ambiente ou podem ser herdados. A maioria dos casos de câncer (80%) está relacionada ao meio ambiente, no qual encontramos um grande número de fatores de risco. Entende-se por ambiente o meio em geral (água, terra e ar), o ambiente ocupacional (indústrias químicas e afins) o ambiente de consumo (alimentos, medicamentos) o ambiente social e cultural (estilo e hábitos de vida).
As mudanças provocadas no meio ambiente pelo próprio homem, os 'hábitos' e o 'estilo de vida' adotados pelas pessoas, podem determinar diferentes tipos de câncer.
- Tabagismo
- Hábitos Alimentares
- Alcoolismo
- Hábitos Sexuais
- Medicamentos
- Fatores Ocupacionais
- Radiação solar
Tratamento
O melhor tratamento ainda é aquele que visa evitar o surgimento da doença. Para tanto, os especialistas aconselham as pessoas a ter uma vida saudável: alimentação natural e rica em fibras, evitar o fumo e o álcool, ter uma vida tranqüila, fugindo do estresse, usar protetores ou bloqueadores solares e fazer exames de rotina para detectar o início da doença.
Atualmente, a medicina dispõe da radioterapia e de cirurgias para combater a doença. Quando se faz necessário a retirada do tumor, a cirurgia é o procedimento mais adequado. Já a radiação é utilizada para matar as células cancerígenas. Porém, este segundo procedimento tem efeitos colaterais como, por exemplo, queimaduras na pele provocada pela passagem da radiação.
A quimioterapia é um procedimento que visa, através da administração de drogas, impedir a reprodução das células cancerígenas, levando-as à morte. Esse procedimento também tem efeitos colaterais como, por exemplo, a queda de cabelos.
Nos casos de câncer de mama e de próstata é usada a hormonoterapia, pois estes tipos de tumores são sensíveis à ação de determinados hormônios.
Os princípios dos Cuidados Paliativos são:
· Fornecer alívio para dor e outros sintomas estressantes como astenia, anorexia, dispnéia e outras emergências oncológicas.
· Reafirmar vida e a morte como processos naturais.
· Integrar os aspectos psicológicos, sociais e espirituais ao aspecto clínico de cuidado do paciente.
· Não apressar ou adiar a morte.
· Oferecer um sistema de apoio para ajudar a família a lidar com a doença do paciente, em seu próprio ambiente.
· Oferecer um sistema de suporte para ajudar os pacientes a viverem o mais ativamente possível até sua morte.
· Usar uma abordagem interdisciplinar para acessar necessidades clínicas e psicossociais dos pacientes e suas famílias, incluindo aconselhamento e suporte ao luto.
OS PRINCIPAIS
TIPOS DE NEOPLASIA MALIGNA
NEOPLASIA
No organismo, verificam-se formas de crescimento celular controladas e não controladas. A hiperplasia, a metaplasia e a displasia são exemplos de crescimento controlado, enquanto que as neoplasias correspondem às formas de crescimento não controladas e são denominadas, na prática, de "tumores". A primeira dificuldade que se enfrenta no estudo das neoplasias é a sua definição, pois ela se baseia na morfologia e na biologia do processo tumoral. Com a evolução do conhecimento, modifica-se a definição. A mais aceita atualmente é: "Neoplasia é uma proliferação anormal do tecido, que foge parcial ou totalmente ao controle do organismo e tende à autonomia e à perpetuação, com efeitos agressivos sobre o hospedeiro" (Pérez-Tamayo, 1987; Robbins, 1984).
Várias classificações foram propostas para as neoplasias. A mais utilizada leva em consideração dois aspectos básicos: o comportamento biológico e a histogênese.
De acordo com o comportamento biológico os tumores podem ser agrupados em três tipos: benignos, limítrofes ou "bordeline", e malignos. Um dos pontos mais importantes no estudo das neoplasias é estabelecer os critérios de diferenciação entre cada uma destas lesões, o que, algumas vezes, torna-se difícil. Estes critérios serão discutidos a seguir e são, na grande maioria dos casos, morfológicos:
Os tumores benignos tendem a apresentar crescimento lento e expansivo determinando a compressão dos tecidos vizinhos, o que leva a formação de uma pseudocápsula fibrosa. Já nos casos dos tumores malignos, o crescimento rápido, desordenado, infiltrativo e destrutivo não permite a formação desta pseudocápsula; mesmo que ela se encontre presente, não deve ser equivocadamente considerada como tal, e sim como tecido malignos.
Todas as estruturas orgânicas apresentam um parênquima, representado pelas células em atividade metabólica ou duplicação, e um estroma, representado pelo tecido conjuntivo vascularizado, cujo objetivo é dar sustentação e nutrição ao parênquima. Os tumores também têm estas estruturas, sendo que os benignos, por exibirem crescimento lento, possuem estroma e uma rede vascular adequada, por isso que raramente apresentam necrose e hemorragia. No caso dos tumores malignos, observa-se que, pela rapidez e desorganização do crescimento, pela capacidade infiltrativa e pelo alto índice de duplicação celular, eles apresentam uma desproporção entre o parênquima tumoral e o estroma vascularizado. Isto acarreta áreas de necrose ou hemorragia, de grau variável com a velocidade do crescimento e a "idade" tumorais.
As duas propriedades principais das neoplasias malignas são: a capacidade invasivo-destrutiva local e a produção de metástases. Por definição, a metástase constitui o crescimento neoplásico à distância, sem continuidade e sem dependência do foco primário.
Os tumores malignos, apesar da sua grande variedade (cerca de 200 tipos diferentes), apresentam um comportamento biológico semelhante, que consiste em crescimento, invasão local, destruição dos órgãos vizinhos, disseminação regional e sistêmica. O tempo gasto nestas fases depende tanto do ritmo de crescimento tumoral como de fatores constitucionais do hospedeiro.
Em 2003, ocorreram 62.061 mortes por neoplasias em mulheres no Brasil. As causas mais frequentes foram o câncer de mama (15% dos cânceres, 9.342 mortes), seguido pelo câncer de útero (11% dos cânceres, 7.033 mortes ) e pelo carcinoma da traquéia, brônquios e pulmões (9% dos cânceres, 5.398 mortes). Entre os homens, a primeira causa foi o câncer de traquéia, brônquios e pulmões (15%), seguido pelo câncer de próstata (12%) e de estômago (11%). O número total de mortes por neoplasias, entre homens e mulheres, foi de 134.683. Temos como tipos de Neoplasia maligna:
Câncer: qualquer neoplasia maligna, independente da origem ou tipo celular.
Carcinoma: neoplasia maligna de origem epitelial (qualquer tipo de epitélio)
Adenocarcinoma: neoplasia maligna de epitélio glandular (exócrino ou endócrino)
Sarcoma: neoplasia maligna de origem mesenquimal.
Estimativas Maceió/ Alagoas
Estimativas para o ano 2010 das taxas brutas de incidência por 100.000 e de número de casos novos por câncer, em homens, segundo localização primária.*
Localização Primária
Neoplasia maligna Estimativa dos Casos Novos | ||||
Estado Capital | ||||
Casos Taxa Bruta Casos Taxa Bruta | ||||
Próstata | 450 | 28,80 | 200 | 46,52 |
Traquéia, Brônquio e Pulmão
| 110 | 6,58 | 50 | 11,94 |
Estômago | 80 | 5,20 | 30 | 7,31 |
Cólon e Reto | 50 | 2,93 | 20 | 4,60 |
Cavidade Oral | 80 | 5,00 | 30 |
|
Esôfago | 40 | 2,40 | 20 |
|
Leucemias | 70 | 4,33 | 20 |
|
Pele Melanoma | 20 | 1,16 | ** |
|
Pele não Melanoma | 530 | 34,17 | 140 | 32,85 |
Outras localizações | 180 | 11,57 | 200 | 47,06 |
Subtotal | 1.080 | 69,39 | 580 | 136,47 |
Todas as Neoplasias | 1.610 | 103,58 | 720 | 168,43 |
Estimativas para o ano 2010 das taxas brutas de incidência por 100.000 e de número de casos novos por câncer, em mulheres, segundo localização primária.*
Neoplasia maligna Estimativa dos Casos Novos |
| ||||
Estado Capital |
| ||||
Casos Taxa Bruta Casos Taxa Bruta |
| ||||
Mama Feminina | 350 | 21,68 | 180 | 38,08 |
|
Colo do Útero | 270 | 16,81 | 110 | 22,49 |
|
Cólon e Reto | 70 | 4,21 | 40 | 7,69 |
|
Traquéia, Brônquio e Pulmão | 90 | 5,58 | 50 | 10,68 |
|
Estômago | 60 | 3,44 | 20 | 4,98 |
|
Leucemias | 50 | 3,17 | 20 | 4,05 |
|
Cavidade Oral | 50 | 2,96 | 20 | 3,83 |
|
Pele Melanoma | ** | 0,94 | ** | 0,81 |
|
Esôfago | 20 | 1,05 | ** | 1,52 |
|
Outras localizações | 360 | 22,09 | 330 | 69,42 |
|
Subtotal | 1.330 | 81,63 | 790 | 166,19 |
|
Pele não Melanoma | 830 | 50,95 | 220 | 46,26 |
|
Todas as neoplasias | 2.160 | 132,32 | 1.010 | 212,20 |
* Números arredondados para 10 ou múltiplos de 10
** Menor que 15 casos
Fonte: www.inca.gov.br/estimativas/2010